Sunday, April 20, 2014

A RAINHA ESTÁ NUA, estão fazendo a mesma que fizeram com o setor elétrico

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16.04.2014 12:01 am

FAZENDA DEMITE TÉCNICO DA PREVIDÊNCIA



A dificuldade do governo para lidar com números que o desagradam e podem criar algum tipo de problema para a reeleição da presidente Dilma Rousseff atingiu níveis alarmantes. A mais nova vítima dessa postura arrogante é Leonardo José Rolim. Ele foi exonerado do cargo de secretário de Políticas de Previdência Social em 3 de abril. Motivo: ter confrontado a projeção de deficit para a Previdência neste ano feita pelo Ministério da Fazenda.
 
Rolim, que estava na mais importante secretaria do Ministério da Previdência desde o início do governo Dilma, em 2011, é um técnico competente e um conhecedor profundo do sistema previdenciário brasileiro. Na avaliação dele, não há a menor possibilidade de o rombo no caixa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fechar este ano em R$ 40,1 bilhões se, em 2013, o buraco havia atingido R$ 49,9 bilhões. Ou seja, nas palavras dele, a conta avalizada pelo ministro Guido Mantega estava subestimada. Era irreal.
 
Na melhor da hipóteses, calculou Rolim, o rombo teria de repetir o número de 2013. Quer dizer: R$ 49,9 bilhões. Isso, supondo que nenhum brasileiro se aposentasse ao longo deste ano e não fosse concedido nenhum reajuste aos beneficiários do INSS. Mas não só milhares de trabalhadores vão se aposentar este ano, como o sistema de pensão será ampliado.
 
E mais: o próprio Ministério da Fazenda ratificou aumento de 6,78% para salário mínimo em 2014, a R$ 724. Dados da Previdência mostram que 70% dos benefícios pagos pelo INSS estão atrelados ao piso salarial do país. Os 30% restantes tiveram os rendimentos reajustados pela inflação do ano passado, de 5,91%. Também o governo não se empenhou em fazer nenhum tipo de reforma no sistema.
 
Portanto, não há como o buraco no regime geral previdenciário encolher R$ 9,8 bilhões de um ano para outro. A não ser que a Fazenda queira que a pasta comandada por Garibaldi Alves recorra a expedientes muito comuns no Tesouro Nacional, onde o secretário Arno Augustin, adorado no Palácio do Planalto, transforma dívidas em receitas para inflar o superavit primário e mostrar uma saúde que as contas públicas não têm.
 
Especialista em previdência, Renato Folador diz que, ao demitir Rolim, o governo dá sinais de miopia. Para ele, o ex-secretário de Políticas de Previdência está corretíssimo. O deficit deste ano será maior que o do ano passado, assim como o de 2015 superará o de 2014. E uma das justificativas para o crescimento do rombo do INSS foi dada ontem pelo próprio ministro da Fazenda. Ele informou que o governo está prevendo reajuste de 7,7% para o salário mínimo no ano que vem.


Buraco de mais de R$ 60 bilhões


A situação de caixa da Petrobras é alarmante e vem se agravando desde 2007. O buraco já passa de R$ 60 bilhões. Além da defasagem nos preços dos combustíveis, a empresa está pagando uma fortuna em juros, devido ao endividamento que caminha rápido para R$ 250 bilhões. Não será surpresa se a estatal, logo após as eleições, começar a defender a privatização de parte do pré-sal, cujos investimentos está sendo obrigada a bancar sozinha.


Desconfiança no comércio


O mau humor dos empresários do varejo só aumenta. Pesquisa que a Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulga hoje mostra que o índice de confiança do setor registrou queda de 0,2% em março. Foi o sexto resultado negativo seguido. Aos 116,4 pontos, o indicador está no nível mais baixo em 22 meses e se aproxima do piso histórico registrado em julho de 2012, de 115,7 pontos.


Custo da burocracia


Um pneu vendido no Brasil chega a custar até 130% mais que nos Estados Unidos. O cálculo, feito pelo economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agostini, reflete, em certa medida, um sistema tributário desigual e custos excessivos com burocracia e infraestrutura ineficiente. Ele participa hoje do debate “Custo Brasil como inibidor do desenvolvimento econômico” na Câmara dos Deputados.


Planos crescem o dobro do PIB


Apesar da disparada da inflação, que está corroendo o poder de compra dos brasileiros, o sistema de planos de saúde deverá fechar este ano com crescimento de 4%, mais que o dobro do avanço do Produto Interno Bruto (PIB), estimado em 1,7%. No entender de José Cechin, diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), com o mercado de trabalho ainda forte e o processo contínuo de formalização de mão de obra, especialmente entre as micro e pequenas empresas, a demanda por convênios continuará forte.


Reservas reforçadas


A FenaSaúde informa que, apesar do aumento contínuo dos custos, as 31 operadoras de planos e seguros associadas à entidade estão reforçando as reservas técnicas para garantir a cobertura de serviços já contratados. Até setembro de 2013, foi constituído um colchão de R$ 14 bilhões.


Garoto do tempo


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu agora para fazer previsões do tempo. Segundo ele, vai chover bastante em 2015 e o custo da energia elétrica cairá.


Brasília, 00h01min



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